Era uma vez um Bacalhau. Vivia no mar e tinha uma vida feliz. Mas
tinha um problema. Consumia muito plâncton e também o traficava. Era um mau
Bacalhau. Um dia, a O.R.C.A. (Organização Reguladora do Consumo de
Aiaiaioqueéqueeuponhoaqui) apanhou-o nos seus esquemas com os Bacalhaus da
Noruega e o mandou para a reabilitação. Então lá veio o Bacalhau para a
reabilitação, numa árvore no Baixo Alentejo. E ele lá esteve muito tempo.
Esteve lá tanto tempo que havia crianças que diziam para a mãe “Mãe, mãe! O bacalhau
que está naquele choupal está crescido”. E um dia, acabada a reabilitação no
Baixo Alentejo, começou a sua jornada a caminho da costa oeste de Portugal para
poder voltar para o Atlântico. No seu caminho encontrou um Atum sevilhano
peregrino que ia a Fátima. Isto porque já tinha ido a Santiago de Compostela o
ano passado. Os dois tornaram-se amigos e apanharam uma estrada para chegar à
costa oeste de Portugal. O Bacalhau para chegar ao mar, e o Atum para chegar a
Fátima porque o Pápa Ramires estava quase a chegar para a sua visita a
Portugal.
A meio do caminho, como o Bacalhau e o Atum tinham destinos
diferentes, tiveram que se separar. Despediram-se com grande emoção e
prometeram um ao outro irem um dia à pesca juntos. Então o Bacalhau continuou a
sua jornada sozinho. Para grande infelicidade do Bacalhau, ele não trazia o
colete reflector. Então um dia, já sentido a brisa marítima, um carro
atropelou-o. O dono do carro, sentindo um choque na parte da frente do carro,
uma vez que ia distraído a olhar pelo retrovisor para a quantidade de berbigões
peregrinos que iam para Fátima, parou o carro. Saíu do carro, olhou para o que
tinha acontecido. A cena mórbida
fazia-lhe espécie. Tentou reanimar o Bacalhau deitando-lhe
sal grosso para cima, mas ele não respondeu. O dono do carro levou as mãos à
cabeça e pensou para ele próprio: Merda,
atropelei um bacalhau. Apartir daí o criminoso nunca mais
voltou a ser o mesmo. Passou a levantar dinheiro antes de sair de casa, comer
limão sem casca e escreveu um livro sobre a importância dos pinguins para a
economia do Burkina Faso.
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