Amor Alguém me disse que a máscara estava doente. Corri muitas. Muito boas noites. Acerca dela. Alguém mo disse de máscara. Corri muito. Muito boas noites. Disse-lhe. Não sabia que tinha passado… tanto tempo! A máscara, Cupido. Não sabia tê-la. Esculpido Cupido. Não me sabia estúpido. Alguém me disse que a máscara estava doente. Desesperadamente. E alguém me disse que eras ela. E que ela era alguém, disse-me. Ir amar-te a Marte.
Educação escatológica Começo a perder o sentido deste quotidiano macabro. Sem a
ingenuidade que tinha, na procura da verdade. E esse alheamento já pouco tem a
ver com a poção do anestesista. Como a medalha ostentada da dedicação.Ao mais
macabro dos absurdos. Deus fora torturado por um doente mental. Que não deu
pela cápsula de cianeto. Mas as galáxias esconderam o código. Sob a máscara do
perfume barato. Cuja forma verdadeira é esta ferida que ostentas. Numa palavra feita
de nada. Fervendo nos recantos da culpa.
100 pontos
finais Olho
para dentro e não vejo nada. Em cada gota de sol um bocejo suspira, em notas
semicerradas O tempo mais que perfeito de esperar a psicose, pronta,
maquilhada. Montras do nosso pensamento, do nosso pesar. E se essa espera for
apenas, tão-somente, “nunca mais”? Os ponteiros do relógio cumprimentaram-se
com um falso sorriso. A fada madrinha vestiu-se com as cores estranhas de um
silêncio perturbado. Uma ideia brotou de um coma de tempos infinitos. E a
prostituta marcou os passos numa galáxia abandonada. Contou-me o mais comum dos
lugares e apeteceu-me… Não sei… que me seduzisse com a chave suprema da
banalidade. O som do bricolage
azul-bebé lembrou-me que são horas de consertar o meu trono.
Oxalá! No instante em que apagas a
luz. Que a estupidez seja salva. Para onde? Por onde passou a metralha. Que a
minha tez seja calva. Por onde passares amealha. De táxi, de passeio. Quando o
hesitante faquir. Violar o teu rebanho. Em álcool, preservado. Como um sol que
deixou de existir.
Quadra Popular (um quadro) A
idade é uma ilusão E a eternidade Como a perpetramos? Perpétuos? Como respirar,
comer e perpetuar a espécie, e, por essa via, a demora. De ser contemporâneo,
um dia. Pessoa. Nado morto aos cem anos. Pessoa. Ou morre ou acaba. De ser. À
ordem (de quem?). A prazo. À data. Prefixada. Conjuntura. De época. Peculiar.
Inventou-se Deus, e seu bastardo, Cristo para contarmos os anos. Fixaram-se
dois mil para que uma bonita idade ficasse... em números redondos (eterno
retorno) A rudimentar esperança matemática não tinha grafado naquela época
primordial... infinito. Céu e Inferno. Sem ter tempo para fugir o paciente
negro aguarda na cadeira eléctrica e relembra até ao sono o crime que agora se
relata:
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