segunda-feira, 21 de maio de 2012

Nuno Phalovich (Alguém me disse que a máscara estava doente)




Amor Alguém me disse que a máscara estava doente. Corri muitas. Muito boas noites. Acerca dela. Alguém mo disse de máscara. Corri muito. Muito boas noites. Disse-lhe. Não sabia que tinha passado… tanto tempo! A máscara, Cupido. Não sabia tê-la. Esculpido Cupido. Não me sabia estúpido. Alguém me disse que a máscara estava doente. Desesperadamente. E alguém me disse que eras ela. E que ela era alguém, disse-me. Ir amar-te a Marte.
Educação escatológica Começo a perder o sentido deste quotidiano macabro. Sem a ingenuidade que tinha, na procura da verdade. E esse alheamento já pouco tem a ver com a poção do anestesista. Como a medalha ostentada da dedicação.Ao mais macabro dos absurdos. Deus fora torturado por um doente mental. Que não deu pela cápsula de cianeto. Mas as galáxias esconderam o código. Sob a máscara do perfume barato. Cuja forma verdadeira é esta ferida que ostentas. Numa palavra feita de nada. Fervendo nos recantos da culpa.
100 pontos finais Olho para dentro e não vejo nada. Em cada gota de sol um bocejo suspira, em notas semicerradas O tempo mais que perfeito de esperar a psicose, pronta, maquilhada. Montras do nosso pensamento, do nosso pesar. E se essa espera for apenas, tão-somente, “nunca mais”? Os ponteiros do relógio cumprimentaram-se com um falso sorriso. A fada madrinha vestiu-se com as cores estranhas de um silêncio perturbado. Uma ideia brotou de um coma de tempos infinitos. E a prostituta marcou os passos numa galáxia abandonada. Contou-me o mais comum dos lugares e apeteceu-me… Não sei… que me seduzisse com a chave suprema da banalidade. O som do bricolage azul-bebé lembrou-me que são horas de consertar o meu trono.
Oxalá! No instante em que apagas a luz. Que a estupidez seja salva. Para onde? Por onde passou a metralha. Que a minha tez seja calva. Por onde passares amealha. De táxi, de passeio. Quando o hesitante faquir. Violar o teu rebanho. Em álcool, preservado. Como um sol que deixou de existir.
Quadra Popular (um quadro) A idade é uma ilusão E a eternidade Como a perpetramos? Perpétuos? Como respirar, comer e perpetuar a espécie, e, por essa via, a demora. De ser contemporâneo, um dia. Pessoa. Nado morto aos cem anos. Pessoa. Ou morre ou acaba. De ser. À ordem (de quem?). A prazo. À data. Prefixada. Conjuntura. De época. Peculiar. Inventou-se Deus, e seu bastardo, Cristo para contarmos os anos. Fixaram-se dois mil para que uma bonita idade ficasse... em números redondos (eterno retorno) A rudimentar esperança matemática não tinha grafado naquela época primordial... infinito. Céu e Inferno. Sem ter tempo para fugir o paciente negro aguarda na cadeira eléctrica e relembra até ao sono o crime que agora se relata:

Sem comentários:

Enviar um comentário